FGTS: Cerca de 23 milhões de inadimplentes devem até R$ 500. Levantamento da Serasa Experian divulgado nesta terça-feira (6) revela que cerca de 23 milhões de brasileiros têm dívidas em atraso de até R$ 500.
O número representa um terço (36,1%) dos 63,4 milhões de inadimplentes em junho de 2019, novo recorde histórico do indicador.
Em média, estas pessoas têm duas contas atrasadas e negativadas, que juntas somam até R$ 500.
O valor das dívidas coincide com o saque de até R$ 500 do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) que será liberado de contas ativas e inativas a partir de 13 de setembro.
Leia também: Se pegar os R$ 500 e for mandado embora depois, fico sem o FGTS?
Segundo o economista-chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi, “não sabemos exatamente quantos desses 23 milhões de inadimplentes têm direito a esse saque, mas com certeza quitar as dívidas é o principal destino que se pode dar a recurso”, diz.
Rabi explica que, por ser um valor pequeno, se a pessoa fatiar em outras utilizações, como fazer um churrasco, gastar em roupas ou até passar um fim de semana na praia, com certeza não terão o mesmo impacto que limpar o nome, pois a inadimplência é algo que gera muitos transtornos para a vida financeira.
QUEDA DOS JUROS BENEFICIA CONSUMIDOR COM NOME LIMPO
“Esse é um
momento favorável para limpar o nome, porque a economia brasileira entrou num
novo ciclo de redução de taxa de juros. Com a possível aprovação da Reforma da
Previdência e a entrada de fintechs no mercado, os bancos vão ter de reduzir o
spread para não perderem mercado, mas para o consumidor se beneficiar de mais
crédito ele precisa ter o nome limpo”, diz.
“Além disso, o segundo semestre é conhecido por ter muitas datas comemorativas,
como Dia das Crianças, Black Friday e Natal. É bom estar sem dívidas para esse momento.”
Segundo a Serasa, se os inadimplentes optarem por regularizar sua situação
financeira, cerca de 39 milhões de dívidas em aberto e negativadas sairiam do
cadastro.
São Paulo é o Estado com o maior volume de pessoas pertencentes a este grupo de
inadimplentes, com pouco mais de 4,5 milhões, seguido pelo Rio de Janeiro com
2,2 milhões de pessoas.
Fonte R7