HSBC planeja retorno ao mercado brasileiro

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O HSBC está planejando reconstruir sua presença no Brasil, três anos após vender a maior parte das suas operações no país, à medida que o novo executivo-chefe, John Flint, trabalha com sua meta de colocar o maior banco da Europa de volta em “modo de crescimento”.
Executivos estão discutindo expandir a unidade de banco de investimentos, que tem sede em São Paulo, para reconquistar clientes corporativos. Muitos foram perdidos quando o HSBC concordou em vender boa parte de suas operações para o Bradesco, em 2015, por quase US$ 5,2 bilhões, segundo duas fontes a par dos planos.
O HSBC assinou um acordo de não competição com o Bradesco, que termina em 2019, o que abre caminho para o banco voltar com força ao Brasil, de acordo com uma das fontes.
O HSBC manteve quase 80% da equipe de banco de investimento no Brasil após a venda para o Bradesco, para que pudesse continuar oferecendo financiamentos e serviços de consultoria para grandes clientes corporativos internacionais. A administração agora discute aumentar essa equipe para mais de 200 pessoas, visando companhias domésticas menores, segundo as fontes informaram.
Ainda assim, o HSBC não teria planos de voltar a operar no varejo no Brasil. Procurado, o banco não quis comentar o assunto.
A estratégia é a primeira evidência de que Flint está avançando com seu plano de “voltar ao modo de crescimento”, após um prolongado período de contração e reestruturação sob o comando de seu antecessor, Stuart Gulliver. O novo CEO está buscando aproveitar o bom momento, após a receita crescer 9% no terceiro trimestre, o que aliviou os receios dos investidores de que ele não conseguiria acelerar o crescimento no mesmo momento em que reduz custos.
Flint, que está no HSBC há 29 anos, assumiu o comando do banco em fevereiro e junto com o novo presidente do conselho, Mark Tucker, decidiu revigorar a instituição, que foi afetada pela queda das receitas e uma séries de irregularidades, incluindo a quebra das sanções dos EUA contra o Irã e um caso de lavagem de dinheiro com cartéis de drogas mexicanos.
A receita caiu em cinco dos sete anos de administração de Gulliver e ele fechou quase 100 unidades, reduzindo o número de países nos quais o banco opera de 88 para 67. Entretanto, mesmo após esses esforços, o HSBC continua com uma operação gigantesca, com quase 3,9 mil agências, 229 mil funcionários e US$ 2,5 trilhões em ativos.
O plano do HSBC de voltar a crescer no Brasil ocorre em meio à eleição do político de extrema-direita Jair Bolsonaro. O ex-capitão do Exército tem atraído a comunidade empresarial e investidores internacionais com promessas de reformas econômicas ortodoxas, como reduzir o déficit orçamentário ao limitar os gastos públicos e alterar a Previdência.
Entretanto, ao mesmo tempo Bolsonaro sugeriu que o Banco Central deveria estabelecer “metas” para a taxa de câmbio, o que assustou alguns líderes empresariais, e enfrenta o desafio de impulsionar a economia. O país ainda luta para se recuperar da pior recessão da sua história e tem uma taxa de desemprego de 12%.
As operações do HSBC na América do Sul são muito pequenas comparadas com aquelas da Ásia, que é o maior foco do banco. A instituição tem quase 75% da sua receita no continente asiático – comparado com apenas 2% na América Latina – e tem destinado mais de US$ 100 bilhões em capital para a Ásia nos últimos anos, especialmente para a região do delta do Rio das Pérolas, na China.
Enquanto planejam a expansão no Brasil, os executivos do HSBC simultaneamente debatem se devem sair de outras operações de varejo na América do Sul, como no Uruguai e Chile, segundo as fontes com conhecimento do assunto.
Isso daria continuidade à tendência do HSBC de reduzir a presença na América Latina. O banco concordou em vender as operações no Uruguai, Colômbia, Paraguai e Peru para o GNB Sudameris em 2012, mas o acordo para a unidade uruguaia acabou sendo desfeito dois anos depois.
Fonte: Blog Televendas
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