Segundo a Entidade, além disso, 30,7% dos empresários declararam ter excesso de mercadorias nas prateleiras, o ideal seria 25%
O Índice de Estoques (IE) do comércio varejista paulistano subiu pelo segundo mês consecutivo, ao passar de 109 pontos em outubro para 114,3 pontos em novembro, alta de 4,8%. Em relação ao mesmo período do ano passado, o IE registrou alta de 8,8%.
Os dados são levantados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e captam a percepção dos varejistas sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, variando de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.
De acordo com a assessoria econômica da Entidade, o saldo dos indicadores qualitativos aponta uma onda positiva de atitudes tanto de consumidores quanto de empresários. Como a FecomercioSP vinha alertando ao longo dos últimos meses, dificilmente investidores e consumidores assumiriam posturas ousadas diante de muitas dúvidas e incertezas políticas e econômicas. A redução da proporção de empresários que vê seus estoques como excessivos foi o que puxou o crescimento da adequação, enquanto que a proporção de quem viu estoques baixos praticamente se manteve estável.
Em novembro, 56,9% dos empresários consideraram seus estoques adequados, alta de 2,6 pontos porcentuais (p.p.) em relação ao mês anterior. A proporção de comerciantes que declararam ter excesso de mercadorias nas prateleiras caiu 2,4 pontos porcentuais (30,7%). Já os que consideram ter estoques baixos teve leve recuo de 0,2 ponto porcentual (12%).
Para a Federação, os números melhoraram, contudo, o ideal seria uma média de 60% de adaptação do período pré-crise e que apenas 25% dos empresários estivessem com os estoques acima do adequado.
Ainda de acordo com a Entidade, o ambiente de negócios está se pacificando e deve melhorar neste ano com a proximidade do Natal, ótima época para o varejo. Assim, o indicador tende a dar bons sinais, após andar de lado por alguns meses. Além disso, a economia do País precisa retomar o crescimento, gerando empregos, o que amplia o consumo das famílias e o mercado de crédito. Entretanto, restam focos de dúvidas: a formação e anúncio da equipe do novo governo e, finalmente, a posse e o encaminhamento de reformas e medidas.
Nota metodológica
O Índice de Estoques (IE) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de zero a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques para “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e para “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.
Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 137 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por cerca de 30% do PIB paulista – e quase 10% do PIB brasileiro – gerando em torno de 10 milhões de empregos.
Fonte: Segs